Rio - Não foram dois nem três, mas váááários gins-tônica que embalaram Ashton Kutcher na festinha armada pela Colcci, grife que pela segunda vez bancou a presença do bonitão na São Paulo Fashion Week. Atendido prontamente sempre que o copo estava prestes a ficar vazio, o astro de Hollywood não deixou a boate paulistana 3p4 sem mostrar gratidão ao serviço. Discretamente, passou na cozinha, desembolsou uma nota de 100 dólares e entregou na mão do garçom que o serviu e falou à coluna: “Ele tomou só gin tônica, mas pedia sem gelo e sem limão”.
A coluna, sorry, passou a noite toda ao lado do astro na área vip do local. Ashton chegou à uma da madrugada e tinha que permanecer, por contrato, pelo menos uma hora. Mas foi ficando, ficando, e só deixou a casa às três e meia da matina. Diferentemente da festa da temporada passada, em janeiro, na boate Kiss & Fly, quando disse ter se sentido numa jaula, desta vez Kutcher se divertiu. “Isso aqui está bom demais”.
Tudo corria à base do ‘se melhorar, estraga’, quando, por volta das duas da manhã, Rico Mansur adentra o espaço com Roger Rodrigues, um dos sócios da boate e marido da top Fernanda Motta. Rodrigues esbarrou e pisou no pé de Ashton. Normal: o espaço era bem pequeno. E começou o Deus-nos-acuda.
Os seguranças de Kutcher começaram a discutir com Roger, o clima ficou bem tenso e os parrudões (é bom lembrar que são agentes do Exército israelense) tentaram expulsá-lo do espaço. Mas expulsar o dono da casa? A turma do deixa-disso logo entrou em ação, Rico puxou Roger e os tais seguranças, ao saber de quem se tratava, foram se desculpar.
Com a paz restabelecida, Kutcher seguiu na companhia dos três seguranças-amigos, bateu um longo papo com Alessandra Ambrósio no sofá, no qual contou que também “a-do-rou” a festa secreta carioca na casa de Mario Bulhões, na madrugada de quarta-feira — detalhes dados em primeira mão por mim ontem. “Ele não parava de descrever a festa e a animação dos cariocas”, contou Alê.
Aos poucos, Ashton foi interagindo sem frescura com os demais convidados. Ele dava atenção a quem se aproximava, mas a regra ali era clara: nada de fotos. Uma lulu se fez de desentendida, sacou o BlackBerry da bolsa e disparou um clique. Resultado: foi expulsa sem dó nem piedade pelos seguranças. E ainda teve que apagar a imagem.
Adriana Lessa, atriz e ex-apresentadora do programa ‘TV Fama’, da Rede TV!, foi uma das que se aproximou do ator. “Ele é muito gentil, disse que gosta de São Paulo mas teceu elogios rasgados mesmo ao Rio”, contou. Depois dela, vendo que Ashton estava disponível, outras pessoas fizeram o mesmo, como o VJ Cazé, da MTV. “Ele quis saber como era o meu programa e falou que ia tuitar, contando para os amigos da MTV americana que estava ao lado de um colega brasileiro da emissora”, disse Cazé.
Pra quem não lembra, antes de ser a estrela que é hoje, Ashton produziu e apresentou na MTV gringa o programa ‘Punk’d’, uma série que pregava piadas em celebridades e anônimos, no melhor estilo ‘câmera escondida’. Mas perá-lá, cara-pálida, câmera escondida? Justo ele que de-tes-ta ser flagrado pelas lentes? É, bailarina, a vida tem dessas coisas...
Com mais de seis milhões de seguidores, em vários momentos da noite o marido de Demi Moore tuitava. Ele até tirou o telefone do bolso, chegou na beirada da varanda e fotografou os convidados que se espremiam no primeiro andar da boate. Foto, aliás, só ele tinha direito de fazer por aquelas bandas.
E como foi a moda da Colcci, que geralmente é ofuscada pelas estrelas internacionais que a marca traz para o Brasil? Posso dizer, sem medo, que, pela primeira vez, a grife acertou em cheio na mão, investindo em peças mais elegantes sem abandonar o lado comercial. Saias-calça, pantalonas chiquérrimas, calças flare, um terno de alfaiataria azul-marinho bem acabado, styling de tirar o fôlego, tudo perfeito, redondo. Vestidinhos com pegada setentista, cores em profusão, brancos totais, pegada navy na medida certa. As pessoas saíam do desfile em clima de quero já...
O toque cool das marcas cariocas
Não tem jeito: os gringos se derretem pela Osklen, e estão cobertos de razão. Editores internacionais convidados para cobrir a SPFW saíram extasiados com a incrível coleção que homenageava as raízes negras do Brasil. Numa semana que começou com um protesto pelo aumento na cota de modelos negros nas passarelas, a marca arrebatou corações e ainda ganhou dos astros um eclipse bem na hora do desfile.
Oskar Metsavaht conseguiu reunir todos os elementos afro sem cair na obviedade: uma série de brancos que parecia juta era, na verdade, palha de seda navalhada e enrijecida; as baianas do acarajé foram revisitadas por silhuetas sinuosas; a realeza da raça materializou-se em acabamentos de metal dourado que ajudavam a desenhar os decotes sinuosos.
Bolsas evocavam os sacos dos cafezais; as rendas vinham nos óculos incríveis e nos tricôs de ráfia de seda entremeados por metais; pinceladas de verde, branco, preto e vermelho, as cores da União Africana, rasgavam as peças como rajadas de poesia. Foi uma coleção elegantíssima, conceitual, politicamente correta e, ao mesmo tempo, cheia de desejos imediatos — o que é uma proeza, convenhamos.
Os materiais ecológicos, marca registrada da grife, ganharam banho de tecnologia e formas apuradas: couros de salmão e pirarucu apareceram em shorts, tops e bolsas. E com eles lanço a novidade: o Instituto E, de Oskar, acaba de assinar um convênio com a prefeitura do Rio para criar um prêmio de sustentabilidade durante a Conferência Rio + 20, que trará chefes de Estado e pensadores da causa verde à cidade no ano que vem, sob a chancela da ONU.
A Maria Bonita reinventou o artesanato português misturando azulejos e tapeçaria arraiolo bordados numa coleção cheia de lirismo e arejada. Nada de dramas do fado: o crochê, a estamparia e os lenços lembravam paisagens da colônia em peças majoritariamente beges, off-white e brancas que desafiavam a mistura de pesos, com linhos, malhas e sedas em tricô.
Frutinhas pintadas à mão, como aqueles charmosos panos de prato, surgiam nos sapatos e até na boca das modelos. Destaque para um blazer-vestido, uma saia de pastilhas e um belíssimo conjunto de paetê branco fosco. O top andrógino Andrej Pejic deu sua pinta na passarela — vestido, claro, de mulher. Lampião não faria melhor.
Prova valiosa
O baiano Carlos Rodeiro foi o eleito para desenhar a joia que a personagem Marina (Paola Oliveira) usará com um gravador embutido para registrar as confissões de Léo (Gabriel Braga Nunes), em ‘Insensato Coração’. O convite partiu de Helena Gastal, figurinista da novela, durante visita na mostra Joia Brasil, no início do mês no Hotel Fasano.
Em tempo recorde, Rodeiro criou um relicário em ouro branco, com desenhos em art noveau. O acessório tem uma abertura na frente, onde será colocado o tal gravador estratégico que registrará as maldades do vilão. Se essa moda pega... É dura a vida da bailarina. Beijo, me liga, até amanhã.
Foto: Ag. News
Tudo corria à base do ‘se melhorar, estraga’, quando, por volta das duas da manhã, Rico Mansur adentra o espaço com Roger Rodrigues, um dos sócios da boate e marido da top Fernanda Motta. Rodrigues esbarrou e pisou no pé de Ashton. Normal: o espaço era bem pequeno. E começou o Deus-nos-acuda.
Os seguranças de Kutcher começaram a discutir com Roger, o clima ficou bem tenso e os parrudões (é bom lembrar que são agentes do Exército israelense) tentaram expulsá-lo do espaço. Mas expulsar o dono da casa? A turma do deixa-disso logo entrou em ação, Rico puxou Roger e os tais seguranças, ao saber de quem se tratava, foram se desculpar.
Com a paz restabelecida, Kutcher seguiu na companhia dos três seguranças-amigos, bateu um longo papo com Alessandra Ambrósio no sofá, no qual contou que também “a-do-rou” a festa secreta carioca na casa de Mario Bulhões, na madrugada de quarta-feira — detalhes dados em primeira mão por mim ontem. “Ele não parava de descrever a festa e a animação dos cariocas”, contou Alê.
Aos poucos, Ashton foi interagindo sem frescura com os demais convidados. Ele dava atenção a quem se aproximava, mas a regra ali era clara: nada de fotos. Uma lulu se fez de desentendida, sacou o BlackBerry da bolsa e disparou um clique. Resultado: foi expulsa sem dó nem piedade pelos seguranças. E ainda teve que apagar a imagem.
Adriana Lessa, atriz e ex-apresentadora do programa ‘TV Fama’, da Rede TV!, foi uma das que se aproximou do ator. “Ele é muito gentil, disse que gosta de São Paulo mas teceu elogios rasgados mesmo ao Rio”, contou. Depois dela, vendo que Ashton estava disponível, outras pessoas fizeram o mesmo, como o VJ Cazé, da MTV. “Ele quis saber como era o meu programa e falou que ia tuitar, contando para os amigos da MTV americana que estava ao lado de um colega brasileiro da emissora”, disse Cazé.
Pra quem não lembra, antes de ser a estrela que é hoje, Ashton produziu e apresentou na MTV gringa o programa ‘Punk’d’, uma série que pregava piadas em celebridades e anônimos, no melhor estilo ‘câmera escondida’. Mas perá-lá, cara-pálida, câmera escondida? Justo ele que de-tes-ta ser flagrado pelas lentes? É, bailarina, a vida tem dessas coisas...
Com mais de seis milhões de seguidores, em vários momentos da noite o marido de Demi Moore tuitava. Ele até tirou o telefone do bolso, chegou na beirada da varanda e fotografou os convidados que se espremiam no primeiro andar da boate. Foto, aliás, só ele tinha direito de fazer por aquelas bandas.
E como foi a moda da Colcci, que geralmente é ofuscada pelas estrelas internacionais que a marca traz para o Brasil? Posso dizer, sem medo, que, pela primeira vez, a grife acertou em cheio na mão, investindo em peças mais elegantes sem abandonar o lado comercial. Saias-calça, pantalonas chiquérrimas, calças flare, um terno de alfaiataria azul-marinho bem acabado, styling de tirar o fôlego, tudo perfeito, redondo. Vestidinhos com pegada setentista, cores em profusão, brancos totais, pegada navy na medida certa. As pessoas saíam do desfile em clima de quero já...
O toque cool das marcas cariocas
Não tem jeito: os gringos se derretem pela Osklen, e estão cobertos de razão. Editores internacionais convidados para cobrir a SPFW saíram extasiados com a incrível coleção que homenageava as raízes negras do Brasil. Numa semana que começou com um protesto pelo aumento na cota de modelos negros nas passarelas, a marca arrebatou corações e ainda ganhou dos astros um eclipse bem na hora do desfile.
Oskar Metsavaht conseguiu reunir todos os elementos afro sem cair na obviedade: uma série de brancos que parecia juta era, na verdade, palha de seda navalhada e enrijecida; as baianas do acarajé foram revisitadas por silhuetas sinuosas; a realeza da raça materializou-se em acabamentos de metal dourado que ajudavam a desenhar os decotes sinuosos.
Bolsas evocavam os sacos dos cafezais; as rendas vinham nos óculos incríveis e nos tricôs de ráfia de seda entremeados por metais; pinceladas de verde, branco, preto e vermelho, as cores da União Africana, rasgavam as peças como rajadas de poesia. Foi uma coleção elegantíssima, conceitual, politicamente correta e, ao mesmo tempo, cheia de desejos imediatos — o que é uma proeza, convenhamos.
Os materiais ecológicos, marca registrada da grife, ganharam banho de tecnologia e formas apuradas: couros de salmão e pirarucu apareceram em shorts, tops e bolsas. E com eles lanço a novidade: o Instituto E, de Oskar, acaba de assinar um convênio com a prefeitura do Rio para criar um prêmio de sustentabilidade durante a Conferência Rio + 20, que trará chefes de Estado e pensadores da causa verde à cidade no ano que vem, sob a chancela da ONU.
A Maria Bonita reinventou o artesanato português misturando azulejos e tapeçaria arraiolo bordados numa coleção cheia de lirismo e arejada. Nada de dramas do fado: o crochê, a estamparia e os lenços lembravam paisagens da colônia em peças majoritariamente beges, off-white e brancas que desafiavam a mistura de pesos, com linhos, malhas e sedas em tricô.
Frutinhas pintadas à mão, como aqueles charmosos panos de prato, surgiam nos sapatos e até na boca das modelos. Destaque para um blazer-vestido, uma saia de pastilhas e um belíssimo conjunto de paetê branco fosco. O top andrógino Andrej Pejic deu sua pinta na passarela — vestido, claro, de mulher. Lampião não faria melhor.
Prova valiosa
O baiano Carlos Rodeiro foi o eleito para desenhar a joia que a personagem Marina (Paola Oliveira) usará com um gravador embutido para registrar as confissões de Léo (Gabriel Braga Nunes), em ‘Insensato Coração’. O convite partiu de Helena Gastal, figurinista da novela, durante visita na mostra Joia Brasil, no início do mês no Hotel Fasano.
Em tempo recorde, Rodeiro criou um relicário em ouro branco, com desenhos em art noveau. O acessório tem uma abertura na frente, onde será colocado o tal gravador estratégico que registrará as maldades do vilão. Se essa moda pega... É dura a vida da bailarina. Beijo, me liga, até amanhã.
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